Da Folha
Um dos vídeos inéditos divulgados pela polícia do Rio na manhã desta sexta-feira mostra o atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23, dirigindo-se às pessoas que sofrem bullying e dizendo que estava preparado para matar e morrer "em prol da defesa" delas. No vídeo, de pouco mais de um minuto, ele diz ainda que sofria quando os outros riam quando ele era humilhado.
Wellington matou 12 alunos da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, no último dia 7. Outras 11 crianças ficaram feridas.
Primeiro vídeo
"As vezes que mais doía era quando eles praticavam essas covardias contra mim e todos em volta riam, debochavam, se divertiam sem se importar com meus sentimentos", diz no vídeo. "Mas o que mais me irrita hoje é que esse cenário vem se repetindo sem que nada seja feito contra essas pessoas covardes e cruéis", diz Wellington no vídeo. Ele era ex-aluno da escola que foi palco do massacre.
"Analisando esse cenário, eu percebi que algo precisa ser feito contra esses covardes. Eles precisam saber, todos precisam saber, que vocês [vítimas de bullying] têm irmãos preparados para matar e para morrer, em prol da defesa de vocês", afirma.
Os vídeos divulgados hoje estavam em um dos computadores queimados encontrados pela Divisão de Homicídios na casa de Wellington, em Sepetiba, zona oeste do Rio. Também foram divulgadas fotos do atirador com armas, gravadas no computador.
VÍDEOS
Em outro vídeo divulgado pela polícia nesta sexta-feira, o atirador lê um esboço da carta que foi encontrada em seu corpo no dia do massacre.
Em outra gravação, o atirador diz que quer que o "ocorrido sirva de lição".
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